14 de fevereiro de 2008

O que é a Igreja?

Lucas Cranach, o Velho, o grande pintor da época da Reforma, retratou magistralmente o que é a igreja em uma de suas pinturas mais conhecidas. Na gravura acima, divisa-se Lutero no alto do púlpito, pregando à comunidade reunida, que pode ser vista no lado oposto. Na parte central, em nítida preeminência, encontra-se o Jesus crucificado. É nele que se concentra toda a atenção. A comunidade o fita; para ele o pregador, no caso Lutero, aponta. Isto é Igreja: Cristo crucificado no centro, uma comunidade que para ele olha e por ele se orienta, um pregador que não tem dignidade própria, apenas aquela de ser testemunha e arauto de Cristo.

Fonte: www.luteranos.com.br/articles/8345/1/O-que-cremos-e-confessamos/1.html

5 de fevereiro de 2008

Para Meditar

Há pó suficiente sobre algumas de suas Bíblias para escrever “condenação” com seus próprios dedos.
(Charles H. Spurgeon)

4 de fevereiro de 2008

Sobre a Vida Cristã

11. Buscar não o que nos agrada, mas o que agrada e glorifica Deus
Disso decorre a segunda parte de que falamos, que não busquemos as coisas que nos agradam, mas as que agradam a Deus e que se prestam para exaltar a sua glória.Temos aqui também uma grande virtude, no sentido de que, praticamente nos esquecemos de nós mesmos, ou ao menos procurando não nos preocupar com nós mesmos, apliquemos e dediquemos com fidelidade nossos diligentes esforços para seguir a Deus e obedecer aos seus mandamentos. Porque, quando a Escritura nos proíbe preocupar-nos particularmente com nós mesmos, não somente elimina do nosso coração a avareza, a ambição de poder e de receber grandes honras e alianças impróprias, mas também quer extirpar de nós toda ambição e apetite de glória humana, e outros males ocultos. É, pois, necessário que o cristão se disponha de tal maneira a que todo o seu pensamento se dirija às boas relações que deve manter com Deus a vida toda. Seja esta a sua preocupação: consciente de que terá que prestar contas de todas as suas obras a deus, dirigirá a ele todas as suas intenções e nele as manterá fixas.Uma razão disso é que todo aquele que tem Deus em sua mente em todas as obras que pratica facilmente evita que o seu espírito se deixe levar por pensamentos e projetos vãos. Refiro-me à abnegação ou à renúncia de nós mesmos que Cristo com tanto empenho e zelo exige [Mt 16.24] de todos os seus discípulos, como sua primeira aprendizagem. Então, uma vez ocupado nesse exercício o coração do homem, logo são exterminados dele o orgulho, a arrogância e a ostentação, como também a avareza, a intemperança, a superfluidade e a busca de prazeres, juntamente com todos os demais vícios e males gerados pelo amor a nós mesmos.Por outro lado, onde não reina este espírito de abnegação, ou o homem se extravasa em todo tipo de vilania sem o menor pudor, ou, caso haja alguma aparência de virtude, esta é corrompida por uma pecaminosa cobiça de glória. Pois que me mostrem um homem que exerce benignidade gratuitamente, se não renunciou a si mesmo, segundo o mandamento do Senhor. Porque aqueles que não se deixam levar por essa cobiça, no mínimo seguem a virtude com vistas a receberem louvor. Mesmo os filósofos que têm lutado para mostrar que se deve buscar a virtude por amor de virtude, de tal maneira se têm inflado de orgulho que se vê que não desejam a virtude por outro senão o de terem com isso motivo para orgulhar-se.Pois bem, nem os ambiciosos que buscam glória mundana nem os que se enchem de presunção interior agradam a Deus, tanto assim que ele declara contra os primeiros que já receberam sua recompensa neste mundo, e contra os últimos, que estão mais longe do reino de Deus que os publicanos e os devassos. Contudo, ainda não demonstramos com suficiente clareza quantas coisas impedem o homem que não se negou a si mesmo de se dedica à real prática do bem. Os antigos já diziam com razão que há um mundo de vícios ocultos na alma do homem. E não encontraremos remédio para isso, a não ser que, renunciando ou negando a nós mesmos e deixando de buscar o que nos agrada, impulsionemos e dediquemos o nosso entendimento a buscar as coisas que Deus exige de nós, e a buscá-las unicamente porque lhe são agradáveis.

Autor: João Calvino
Fonte: As Institutas da Religião Cristã, edição especial, ed. Cultura Cristã, Capitulo XVII, Vol 4
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2 de fevereiro de 2008

Louvor e Invocação

És grande, Senhor e infinitamente digno de ser louvado; grande é teu poder, e incomensurável tua sabedoria. E o homem, pequena parte de tua criação quer louvar-te, e precisamente o homem que, revestido de sua mortalidade, traz em si o testemunho do pecado e a prova de que resistes aos soberbos. Todavia, o homem, partícula de tua criação, deseja louvar-te. Tu mesmo que incitas ao deleite no teu louvor, porque nos fizeste para ti, e nosso coração está inquieto enquanto não encontrar em ti descanso. Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue?
Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo. Que eu, Senhor, te procure invocando-te, e te invoque crendo em ti, pois me pregaram teu nome. invoca-te, Senhor, a fé que tu me deste, a fé que me inspiraste pela humanidade de teu Filho e o ministério de teu pregador.

Confissões de Santo Agostinho, Livro Primeiro, cap 01
Fonte: http://www.monergismo.com/

1 de fevereiro de 2008

A Confissão de Fé de Westminster

A histórica “Assembléia de Teólogos Sábios e Eruditos” foi convocada em 12 de junho de 1643 pelo Parlamento da Inglaterra para estabelecer a doutrina da igreja em oposição ao arminianismo, para discutir também o governo e a liturgia da igreja e para defender o ensino da Igreja Anglicana.
A primeira sessão ocorreu no dia 1° de julho de 1643, e reuniu 121 teólogos na Abadia de Westminster , em Londres. A promulgação e adoção da confissão de Fé foi um marco não apenas para as igrejas da Inglaterra e da Escócia , mas para todo o Cristianismo Reformado.
A confissão de Fé é usada hoje por muitas igrejas tradicionais, a sua utilização é de suma importância principalmente em um período de grande ignorância doutrinária, causada por igrejas repletas de modismos e heresias. Criou-se hoje no meio evangélico uma nova noção de igreja muito diferente da igreja primitiva (apostólica), as igrejas de hoje mais parecem empresas que fazem de tudo para atrair novos clientes (fiéis).
Graças a Deus que em meio a tudo isso ainda temos igrejas dignas de serem chamadas cristãs que pregam a sã doutrina com temor e amor, essas geralmente são taxadas de frias e mortas, talvez porque elas não querem agradar a homens e sim a Deus.

Para Meditar

"Qualquer ensinamento que não se
enquadre nas Escrituras deve ser
rejeitado, mesmo que faça chover
milagres todos os dias".

Martinho Lutero